Ocorreu um crescimento considerável no número de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ao longo das décadas, afetando não somente crianças, mas também adultos. Várias razões são associadas a esse fenômeno, tais como elevação da conscientização acerca desse transtorno, aprimoramentos nos procedimentos de detecção e um saber mais extenso a respeito das diversas formas como o TDAH pode aparecer. Alguns estudos demonstraram que o alargamento dos padrões diagnósticos e o interesse acrescido dos especialistas na problemática permitem detectar incontáveis situações antes passadas despercebidas. Esse comportamento está cada vez mais presente entre meninas e mulheres, cujo diagnóstico era historicamente inferior comparado ao dos homens por causa das disparidades nos sintomas do TDAH.
Adicionalmente, investigações revelam que a ideia de um incremento nos diagnósticos pode estar relacionada ao chamado “efeito bola de neve”, ocasião em que diagnósticos limítrofes numa família originam uma frequência superior de diagnósticos entre membros íntimos. Esse evento é motivado pelo emprego de antecedentes médicos familiares durante o rastreamento e o procedimento diagnóstico, resultando numa ampliação dos gastos e números de caso, embora não haja claras vantagens no bem-estar dos pacientes. Tal tendência sublinha a relevância de maiores pesquisas para definir adequadamente os padrões diagnósticos e métodos de avaliação, visando garantir que seja dado cobertura unicamente aos indivíduos que realmente requerem intervenção e tratamento.
Na sua opinião, por que cada vez mais pessoas estão sendo diagnosticadas com TDAH?
Nos últimos temps, verifica-se um crescimento considerável no número de diagnósticos de Transtorno do déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esta tendência reflete alterações nos critérios de diagnóstico, assim como uma maior consciencialização acerca desta situação. Investigações demonstraram que, atualmente, uma parcela cada vez majoritária de meninos e adultos estão a ser diagnosticados com TDAH em diferentes locais do globo. Isto poderá ser explicado em parte pela maior perceptividade dos médicos a detectar as manifestações clínicas do TDAH, tal como pelo aumento da aceitação e compreensão do distúrbio entre a população geral. Adicionalmente, a introdução de categorizações mais abrangentes no DSM-5, o guião diagnóstico utilizado pelos profissionais de saúde mental, tem igualmente contribuído para este alargamento das taxas de diagnóstico.
Outra variável relevante diz respeito à influência dos meios de comunicação social e da cultura digital contemporânea, fatores que têm acrescentado a divulgação relacionada com o TDAH. Este fenómeno, juntamente com a modificação dos hábitos quotidianos e da dinâmica doméstica – particularmente evidente durante intervalos críticos como a pandemia do coronavírus – pode conduzir a um registo mais habitual de padrões ligados ao TDAH. Por topo disso, algumas investigações sugerem que fatores ambientais, incluindo a exposição a substâncias específicas ou a estilos de vida demasiadamente tecnoalentourados e excitantes, possam ter contribuído para um aumento real nos casos de TDAH, e não somente nos seu diagnósticos.
Você acha que o diagnóstico de TDAH está sendo superestimado ou subestimado na atualidade? Por quê?
A discussão sobre se o distúrbio do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) está sendo excessivamente diagnosticado ou insuficientemente reconhecido é uma questão intrincada e abrangendo várias perspectivas. Hoje em dia, diversos profissionais acreditam que há tanto sobrestimarão quanto subestimação no processo diagnóstico dependendo dos contextos e da população alvo. De um lado, maior compreensão sobre o TDAH causou um aumento nas taxas de diagnóstico, oferecendo potencialmente tratamento àqueles que verdadeiramente lutam contra esse problema. No entanto, isto pode igualmente conduzir a diagnósticos precipitados ou incorretos, particularmente em situações limítrofes onde os sintomas talvez não estejam tão evidentes ou graves; diagnosticais incorretos poderiam originar terapêuticas desnecessárias, rotulando as pessoas sem fundamento e expô-las ao risco de efeitos secundários adversos associados a medicação.
Por outro lado, ainda existem grupos que são subdiagnosticados, como meninas e mulheres, que frequentemente apresentam sintomas de intenção menos óbvios e, portanto, podem não receber o diagnóstico ou o suporte necessário. Isso mostra a importância de uma avaliação cuidadosa e personalizada para cada caso. O diagnóstico de TDAH deve ser baseado em uma avaliação abrangente que inclui história clínica detalhada, observações comportamentais e, idealmente, contribuições de múltiplas fontes, como familiares e professores. Esta abordagem ajuda a garantir que o diagnóstico seja preciso e que o tratamento seja apropriado, evitando tanto a super diagnóstico quanto a falta de diagnóstico, garantindo que aqueles que realmente precisam de ajuda a recebam.
Na sua visão, quais são as maiores dificuldades enfrentadas por pessoas com TDAH no dia a dia?
Indivíduos com Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) experimentam diversas complicações cotidianas que podem influenciar dramaticamente sua qualidade de vida e performance em diferentes esferas. Um dos principais obstáculos envolve a manipulação do tempo, por vezes descrita como “cegueira temporária”, a qual dificulta compreender e controlar o fluxo do tempo corretamente. Isto geralmente provoca acontecimentos tardios, falta de encontros agendados e dificuldade em atender obrigações contratuais. Adicionalmente, a desordem é um problema recorrente, demonstrando-se tanto em casa quando no local de trabalho, prejudicando a manutenção de ambientes limpos e a organização de tarefas regulares.
Outro desafio importante diz respeito à propensão extrema em adiá-la para última hora, levando eventualmente ao acúmulo de atribuições no final do prazo, resultando em noites sem sono e elevação do estresse. Pessoas com TDAH costumam também perder objetos valiosos com frequência, como chaves, carteiras ou telefones celulares, acrescentando mais uma camada de insatisfação nas jornadas diárias. Estes desafios são amplificados pelo hábito de começar muitas tarefas sem concluí-las, originando um ciclo de início apaixonante seguido rapidamente por queda brusca de interesse. Tais dificuldades requerem abordagens adaptativas e, usualmente, assistência terapêutica para uma gestão mais eficaz.
Como você acha que a tecnologia e o excesso de informações podem influenciar o desenvolvimento ou o agravamento dos sintomas do TDAH?
A utilização da tecnologia e a abundância de informações têm um efeito significativo no avanço e na intensificação dos sintomas do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), principalmente no contexto do universo digital atual. A continuidade da disponibilização de novas informações e a repetição de contato com meios digitais podem potencializar a impulsividade e diminuir o período de concentração das pessoas com esse transtorno. Uma sequência ilimitada de alertas e a satisfação imediata proporcionadas pelas redes sociais e por videogames online fortalecem um padrão de atenção passageira e grande premio, recurso frequentemente desafiante para aqueles que possuem TDAH. Este ambiente pode tornar ainda mais complexo para eles permanecerem enfocados em tarefas que necessitam de longos períodos de atenção, acentuando assim os problemas relacionados ao desânimo e à hiperatividade. Além disto, uma superabundância estimulações sensoriais e informativas poderá conduzir ao colapso sobcarregado cognitivo, condição esta que complica a habilidade de selecionar detalhes insignificantes e priorizar os relevantes. Abordagens gerenciadoras, incluindo a fixação de limites precisos quanto ao uso de dispositivos eletrônicos, a realização de exercícios mentais voltados à nossa própria consciência e a construção de espaços sem tecnologia durante certos intervalos críticos, tal como nos minutos anteriores ao sono, poderão ser úteis na minimização destas consequências. Estas medidas favorecerão não somente o domínio dos sintomas de TDAH, como também incentivarão um comportamento mais benéfico em relação às tecnologias digitais, aprimorando a qualidade de vida e o bem estar geral.
Dr. Bruno Oliveira: Compromisso com a Excelência em Saúde Mental
O Dr. Bruno Oliveira é um destacado profissional na área de saúde mental, dedicado a fornecer tratamento e suporte inovadores para diversas condições psiquiátricas através de seu website, doutorbruno.org. Especializado em terapias modernas e técnicas de tratamento baseadas em evidências, Dr. Bruno Oliveira se esforça para oferecer aos seus pacientes não apenas alívio de seus sintomas, mas também ferramentas para melhorar de maneira significativa sua qualidade de vida.
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Fonte: https://pequenoprincipe.org.br/noticia/tdah-o-que-e-e-sintomas-criancas-e-adolescentes/